Tecnologias antivirais e o impacto no dia a dia

A pandemia do coronavírus causou paradas forçadas nos setores comerciais, industriais e de infraestrutura, e aumentou o fluxo de pessoas nos serviços de saúde. Tivemos impacto no dia a dia, ficando isolados em casa, saindo apenas para atividades essenciais, para diminuir a disseminação do vírus. Sair de casa somente com proteção de máscaras e com cuidado com as superfícies, sempre lavando as mãos com álcool em gel e/ou água e sabão.

A busca por novas tecnologias em relação aos materiais de proteção permitiu o desenvolvimento de tecidos e superfícies antivirais, para evitar a proliferação do vírus. Atividades comerciais, industriais e da área da saúde foram beneficiadas com esses materiais, que apresentam uma tecnologia que veio para ficar e melhorar a proteção em ambientes de maior risco. A tecnologia antiviral está presente em tecidos, utilizados em máscaras de proteção e em aventais, por exemplo, e em adesivos plásticos para recobrimento de superfícies como corrimãos, barras de apoio e bancos do transporte público e mesmo em sacos de lixo. 

No caso dos tecidos, há diferenças nos materiais pesquisados, mas todos utilizam a mesma lógica: colocam na estrutura do tecido compostos químicos capazes de destruir as camadas protetoras do coronavírus. As peças fabricadas com esses tecidos servem somente para proteção individual, e não para esterilizar ambientes contaminados. Por exemplo,existem fios de poliamida, da empresa Rhodia, que prometem neutralizar vírus como os da Covid-19, Sars, Mers, influenza e herpes. O agente antiviral do tecido é composto por diversas substâncias, incluindo íons de prata (metal com propriedades antibacterianas), que está dentro da fibra do tecido. Se você estiver usando uma blusa com o fio da Rhodia e, por exemplo, encostar o braço em uma superfície contaminada, o vírus é inativado: é uma proteção extra para o momento de retomada.

 


Fonte: https://grupomidia.com/quemrealiza/tecido-antiviral-diminui-contaminacao-covid-19/

Um outro tecido antiviral que pode ser utilizado em máscaras e aventais foi testado no Laboratório de Tecnologia Virológica da Fiocruz e os resultados mostraram a eficácia contra o coronavirus, conseguindo inativar até 99,9% de partículas virais do coronavírus e também dos vírus do sarampo e da caxumba. A ideia é usar os tecidos em itens hospitalares que poderão ser lavados e reutilizados, como máscaras e aventais. Os testes demonstraram que a ação antiviral resiste a 25 lavagens caseiras. O próximo passo neste caso é a certificação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para a engenheira de materiais Renata Simão, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), esses produtos certificados são opções mais interessante para pessoas do grupo de risco e aquelas que precisam sair de casa para trabalhar durante a pandemia. Um outro ponto positivo é que esses produtos não são descartáveis e portanto, mais sustentáveis, já que estávamos no caminho de diminuir ou até mesmo eliminar o uso de plásticos descartáveis de uso único, por questões ambientais.

Materiais antivirais já são utilizados também para o revestimento de bancos públicos, no transporte coletivo e em sacos de lixo. A tendência é que essa tecnologia se torne mais popular e permanente no dia a dia, para evitar a contaminação não só pelo coronavírus, mas também por outros vírus respiratórios, por exemplo, com um impacto benéfico no nosso dia a dia.

A Cipatex, fabricante brasileira de laminados sintéticos, lançou revestimentos de (policloreto de vinila – PVC) com ação contra fungos, bactérias e vírus, incluindo o Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19.  Os produtos atendem mercados como automotivo, moveleiro, puericultura e hospitalar e os materiais possuem eficácia virucida testada com base na norma internacional ISO 21702 (Measurement of antiviral activity on plastics and other non-porous surfaces). Os produtos desenvolvidos recebem a proteção antiviral, micropartículas de prata e sílica, durante o processo de produção, com o aditivo sendo incorporado na massa do PVC. Os revestimentos saem da fábrica com a capacidade de inativar 99,72% do coronavirus em três minutos, de acordo com Andreza Scudeler, coordenadora do laboratório, e podem ser usados por exemplo no transporte público, nas barras de apoio e nos bancos.

Fonte: https://tecnologiademateriais.com.br/portaltm/cipatex-lanca-revestimentos-antivirais-para-diversos-mercados/

Na produção do saco de lixo, um tipo de agente antisséptico é adicionado ao material plástico do produto que reage nas membranas do saco de lixo com o material potencialmente contaminado pelo coronavírus. A partir do contato com os agentes infecciosos, o material "quebra" proteínas e gorduras dos vírus, impedindo a infecção de células humanas.

Quer saber mais?

Roupas e tecidos antivirais

https://canaltech.com.br/saude/roupas-antivirais-entenda-como-funciona-a-protecao-extra-contra-a-covid-19-170810/

https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/08/13/novos-tecidos-tecnologicos-podem-ajudar-a-neutralizar-coronavirus.htm

https://saude.abril.com.br/medicina/mascaras-e-roupas-anti-coronavirus-funcionam/

Testes de eficácia do tecido antiviral

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-07/testes-confirmam-eficacia-de-tecido-antiviral-contra-novo-coronavirus

Superfície antiviral em sacos de lixo

https://canaltech.com.br/saude/saco-de-lixo-made-in-brazil-e-capaz-de-eliminar-o-coronavirus-170417/

Revestimentos antivirais para superfícies

https://tecnologiademateriais.com.br/portaltm/cipatex-lanca-revestimentos-antivirais-para-diversos-mercados/

 

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